Friday, August 31, 2007

Ninguém gosta de mim, todos me odeiam,
Acham que eu como lombrigas
Daquelas bem saborosas,
Compridinhas e gostosas.
Que estrebucham e rabeiam,
Gosto de lhes morder a cabecinha,
E chupar-lhes as tripinhas,
Lambendo bem a pele escorregadia.
Toda a gente quer saber
Como é que eu consigo viver
Comendo três lombrigas por dia.


Em Diário de um Adolescente com a mania da Saúde

3 comments:

pmlbrito said...

Também li esse livro! :D
Gostei imenso... uma boa leitura de verão!

Beijo

PedroSilva said...

LOL
Finalmente encontraram o dito poema, qual santo graal.
Estou a ler o primeiro da colecçao, recomendado por especialista local.

c. said...

Identifico-me totalmente com o sentimento de mágoa salpicada de impetuoso cinismo do eu poético, fruto da ostracização social de que este, incompreendido, é alvo. Também eu como lombrigas. Também eu vivo na margem imunda e desprezada da comunidade.